quarta-feira, 6 de junho de 2012

Para minha mãe querida que hoje reside no seio de Abraão!
Sonhei essa noite com ela, dando-lhe um perfume, sei até qual era, "A'qua freca... Boticário", acordei mãe amada te procurando e não encontrava, então lembrei desse poema de Carlos Drummond de Andrade!
Ai do altos céus mãezinha querida receba essa minha homenagem... Como meu amor eterno por ti e muita gratidão pelo ser humano que hoje o sou!
Obrigada Mamãe Raquel Maria Carneiro Bacelar.

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

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